Vacina contra Covid-19 para crianças entre 6 meses e 3 anos chega ao Brasil

Arianne Lima

Vacina contra Covid-19 para crianças entre 6 meses e 3 anos chega ao Brasil
O Ministério da Saúde recebeu a primeira remessa de doses contra a Covid-19 destinado a crianças de 6 meses a menores de 3 anos. Trata-se de um lote com cerca um milhão de doses produzidas pela Pfizer e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A remessa de imunizantes desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na quinta-feira (27). Os primeiros frascos serão destinados a crianças com comorbidades dentro da faixa etária.

“Neste momento, como medida cautelar, a vacinação será recomendada para crianças entre 6 meses e menores de 3 anos com comorbidades. Com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a possibilidade de ampliação das doses para as crianças nessa faixa etária sem comorbidades deverá ser avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”, destacou a pasta.

O lote deve passar por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde para avaliação e controle de qualidade ao longo dos próximos dias. As orientações sobre aplicação, público-alvo e distribuição dos imunizantes por Estado devem ser publicadas em nota técnica a partir de segunda-feira.

Em Santa Maria

No município, crianças de 3 a 11 anos já são vacinadas contra a doença. Entretanto, os índices de primeiras e segundas doses são variáveis.

Conforme o painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES), 23.734 crianças entre 5 e 11 anos estão aptas para receber o imunizante em Santa Maria. Deste quantitativo, 68,2% do público já recebeu pelo menos uma dose pediátrica em unidades de saúde, escolas ou outros locais do município. Já a segunda dose foi aplicada em apenas 47,6% das crianças até o momento.

Desde 23 de julho deste ano, crianças entre 3 e 4 anos são imunizadas contra a doença na cidade. Conforme a estimativa da SES, 6.688 crianças são consideradas aptas. Entretanto, o cenário nesta faixa etária é de baixa adesão ao imunizante.No contexto atual, 26,2% do público apto foi vacinado, o que corresponde a 1.755 crianças. No caso da segunda dose, apenas 8,8% das crianças receberam o imunizante até o momento, ou seja, 589.

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Em entrevista à Rádio CDN, a secretária adjunta da Saúde, Ana Paula Seerig, explicou que se trata de uma situação difícil, uma vez que a vacina contra a Covid-19 não é considerada obrigatória. Para aumentar os índices, a pasta tem contado com a conscientização de pais ou responsáveis legais sobre a importância da vacinação.

– É importante frisarmos para aqueles familiares que levaram para fazer a primeira dose, que retornem para a segunda. As pessoas dizem que dá reação. De um modo geral, é possível que as pessoas tenham reação, seja qual for o imunizante. Então, para aqueles que já começaram o esquema, é importante finalizar. Claro que estamos em um momento em que, em termo de clima, vai esquentar mais e diminuirão as infecções respiratórias de um modo geral. Mas, ainda precisamos ter alguns cuidados, porque ainda não temos uma finalização oficial da pandemia – afirma Ana Paula.

Arianne Lima – [email protected]

*Com informações da Agência Brasil

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